Caro Destemido Walace e demais colaboradores,
Estréio aqui nesse espaço movido pelo calor do momento, pois o assunto proposto (há algum tempo atrás -o casamento) me toma grande fração do pensamento durante um período de pouco trabalho - como poderia não atender a mente ociosa ao chamado de um coração insistente? Me recupero de uma crise que começou disfarçada de crise matrimonial. De certo que não era! O buraco era bem mais em baixo, a crise era a dos 40 (um ano atrasada, devo dizer). Na preocupação do destemido colega com a forma de casamento descrita (ele sugeriu a revisão do modelo baseado na monogamia ou na longa convivência com uma mesma pessoa) reside uma arapuca que deve ser identificada e destruída ciclicamente, pois se casamos por amor, e eu me casei por amor (embora assustado pelo desconhecido mundo em que repentinamente mergulhava de cabeça) e ainda amo e desejo loucamente a mesma mulher, por que me separei? Arapuca! Ao longo dos anos a vida exige que você se dedique a tantas coisas que acabamos não prestando atenção e deixamos de cuidar daquilo que nos uniu: O amor. Sim, atribuindo ao outro frustações e inseguranças e acabamos vivendo uma projeção de nós mesmos. E por que? Porque conviver é difícil pacas, com contas pra pagar, crianças pra criar, sucesso pra alcançar e todo mais o resto. Dividir o banheiro (que o texto inicial classifica negativamente) não é tão ruim - já o usamos de formas muito interessantes... Finalmente explodi num ataque nervoso e joguei tudo na conta do casamento, resultado: Vamos ter que nos reconquistar. A minha amada que num gesto de bravura, mesmo desacreditada, me jogou na cara as verdades que revelaram a arapuca (de que também foi vítima, pois). A falta de diálogo mata o amor.
(24/3/2011 21:52:26)
Tamanduá Bandeira
terça-feira, 5 de abril de 2011
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