quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Kit

Papeis que desempenhamos na vida.


Acredito que quando a gente nasce o “pessoal lá de cima" manda junto um kit, que é pessoal e intransferível. Tipo:” kit de sobrevivência na selva.” Nele vem um punhado de dons, e habilidades que instrumentalizarão nossas vidas por aqui.
A galera da minha geração vai se lembrar do cinto de mil e uma utilidades. Então, esse kit funciona mais ou menos como o cinto. Vou explicar me dando como exemplo. Veio no meu kit a capacidade de fazer vínculos profundos, e a falta de habilidade para papo raso, tipo small talk. Veio a habilidade de ser namorada, e não de ser esposa. Gosto da sensação que tudo pode acabar, flertar, brigar e ter ciúme. Mesmo que seja com o mesmo homem há anos.
Veio à facilidade para abstração, posso passar horas filosofando sobre a vida. Não veio no meu kit o dom da paciência, nem o papel de mãe, muito menos o de dona de casa.
Isso não significa que não posso desenvolvê-los ao longo da vida. Mas que não são inatos.
Desempenhar o papel de mãe pra mim, não é natural, é algo aprendido. Comecei o aprendizado no exato momento do nascimento da minha filha e continuo aprendendo até agora. Acho, que passados 7 anos já saquei um pouco como ser uma boa mãe pra ela. Porém, agora grávida novamente me vem o mesmo medo de errar que tive há 7 anos atrás. Que loucura né? Eu achava que depois do primeiro a gente pegava no tranco. Ledo engano! Sem sombra de dúvida esse é um papel que faço questão de desenvolver com maestria. Quanto a ser dona de casa, me satisfaço com uma casa funcional. Não gasto muita energia com isso não.
Não foi fácil chegar a essa conclusão. Venho de uma família de mulheres fortes que nasceram com o kit maternidade. Faltou um pra mim. Sem problemas. Adoro aquele ditado que diz.

‘A necessidade faz a habilidade”.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Maternidade

Oba!
Há 6 dias atrás descobri que estava grávida.
Passados os primeiros minutos de euforia meu corpo me fez lembrar por que demorei quase 8 anos pra ter coragem de engravidar novamente.
Vômitos, sono, náuseas e sono novamente. Totalmente blues!
Ter um filho é uma coisa, ficar grávida é outra. Deus! São coisas absurdamente diferentes. No primeiro caso você é você e assim se relaciona com uma micro pessoa que inexplicavelmente você ama antes de conhecer. No segundo caso, você não é você. Você é um coquetel louco de hormônios em completa ebulição. Sente calor, frio, chora, tem desejos, sente cheiros sem querer, enfim não tem o menor controle sobre seus sentidos.
Eu sei por experiência própria que o momento do nascimento é mágico e olhar pra aquele ser minúsculo que acaba de sair de dentro de você é algo que todas as mulheres deveriam viver uma vez na vida. Mas os 9 meses que antecedem a isso....ninguém merece!
Eu nunca fui aquele tipo de mulher que olha uma criancinha e se derrete. Pra falar a verdade, não faço diferença entre pessoas grandes e pequenas desde que respeitem meu quadrado. Gosto de gente independente, seja criança ou adulto. Detesto gente que se lamuria, detesto criança que mia! Criei minha filha para o mundo e esse agora não será diferente.
Só peço ajuda aos céus para que essas 32 semanas que ainda faltam tenham uma cara mais rock and and roll e menos blues.
Lógico, chegando aos 40, tudo que mais quero é que esse baby venha ao mundo com saúde e seja um serzinho bem feliz.
Feliz 2009 pra todos nós.