sexta-feira, 2 de abril de 2010

Americanas.com nunca mais!

Essa coisa de comprar pela internet é uma faca de dois gumes. O paraiso quando funciona e o inferno quando dá zebra.
Comprei há 1 mês atrás 5 porta retratos brancos na Americanas. com. Três dias depois chegaram 3 porta retratos prateados e quebrados.
Hoje são 2 de abril e continuo com os porta retratos prateados encaixotados na minha sala. Entre o pedido, o erro e hoje: telefonemas, espera, telemarketing, espera, email, telefonemas, mais telemarketing.... Obrigado por aguardar senhora, quer anotar o protocolo de sua reclamação?
Dá vontade de perder a linha, e soltar uns palavroes, mas me encho de energia zen, respiro fundo e lembro que humor e amor são remédios universais até pras coisas mais estúpidas. Então apenas respondo, Obrigado senhora, manda ver!
Boa páscoa para todos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Simplesmente Clarice

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por
escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao
ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por
isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão
feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não
existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me
amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou,
já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me
arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais
tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de
acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras
vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que
não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo
feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem
precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade.... Já tive
medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me
reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem
realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas
ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão
especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar
com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas
mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais
complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector
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Há muito tempo não lia nada tão a minha cara. Resolvi compartilhar. Aproveitem.
Bom Fim de semana.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Desejo x Necessidade




Você prefere estar com alguém porque precisa ou por que quer?
A resposta parece óbvia: mas como o neurótico é por definição aquele que não enxerga o óbvio, muitas vezes opta por relações onde se estabelece o vínculo da necessidade e não do desejo.
Vejo tanto isso acontecer que quase me soa normal. Talvez até seja normal, mas nada me convence que seja saudável.
Quando a costura da relação passa pela necessidade a infelicidade é companheira contínua. Se eu preciso do outro pra não fazer contato com meus buracos, carências e esquisitices,coitado dele e de mim também!
Quando eu sou dona do meu desejo e sei o que eu quero não cobro do outro que ele retribua á altura. Estou ali por que quero estar e se ele não me satisfaz plenamente tenho liberdade de escolha. Posso sair e procurar em outros canteiros. Mas se ao invés disso, cismo que o sujeito me deve amor, só por que eu amo, me deve gratidão por tudo que eu abro mão para estar com ele, aí começa a encrenca.
É difícil à beça esse negócio de relacionamento! Mas acredito que o mais difícil é domar nossas expectativas em relação ao parceiro. Feito isso, temos uma chance enorme de perceber que o outro não está ali para atender minhas expectativas e nem eu as dele. É fantástico perceber o quanto isso é libertador.
Já ouvi uma vez que: “a expectativa é o passo mais rápido para frustração” e fiz desta frase um mantra. É a mais pura verdade!
Se domarmos nossa fera interior: essa fome louca de amor e, buscar nossa nutrição emocional fazendo contato com tudo que nos apaixona, o outra entra numa perspectiva diferente, ganha um tamanho mais real e, assim é mais fácil ser feliz.
Boa semana.


Obs: Esta é a carta FORÇA do tarot. Uma mulher nua domando um leão. Somos nós em contato com nossos instintos mais primitivos. Apesar de entregue, ela está com as rédeas nas mãos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A Cara da Culpa

O que fazer quando uma ação se desdobra em dor para alguém que você ama?
Pedir desculpa? Simples assim: me perdoa.
Infelizmente pra mim não funciona. Um pedido de desculpa não me livra da culpa, não faz com que me sinta menos responsável.
Eu que tenho um traço um tanto obsessivo fico as voltas com aquele pensamento, estilo “chicotinho nas costa”:se eu não tivesse feito isso, aquilo não teria acontecido. Um tanto onipotente, eu sei, pensar que poderia ter o controle dos acontecimentos.

Tenho consciência que pra cada ato meu há uma série de conseqüências e terei que lidar com cada uma delas. Mas por uma fração de segundos, há um deslize, uma falta de atenção, e pronto: a merda tá feita!
Quando a conseqüência vem pra mim, Ok! Posso lidar bem com isso. Mas quando afeta a vida de outras pessoas... Nossa, é muito ruim!
Foi assim quando minha filha abriu um talho na perna, bem na minha frente e agora quando meu cachorro matou o cãozinho da minha irmã.
Fico sempre com a sensação de que eu poderia ter evitado isso.
Ah máquina do tempo! Por não te criaram ainda? Assim dava pra remendar tanta coisa.

Gosto de substituir a palavra culpa por responsabilidade e aí não cabe se desculpar pois fica difícil se “ desresponsabilizar” por algo que de fato foi minha responsabilidade.

Então, alguém tem algum elixir pra lidar bem com a culpa?