sábado, 3 de junho de 2017

sobre orbitar....

Quando o amor por mim precisa ultrapassar meu amor pelo outro.
Quando devo tomar cuidado para não deixar que o ser amado se desinteresse....
Quando tenho medo enorme de perder e faço tudo pra que ele permaneça ao meu lado....
Quando sinto que estou pisando em ovos para agradá-lo/a a toda hora....

Bom, pode ser que realmente o ser amado escorra pelas mãos.
Pode ser que se canse de ser tão necessário...
Pode ser que seja pesado demais carregar a felicidade do outro nas costas.


Não sei você, mas acredito que gostamos de pessoas que se gostem. Eu particularmente acho mais atraente quem se acha atraente. O bonito que se percebe vazio, vazio parece. Murcha, perde o viço.
Aquele que se cuida, antes de cuidar do outro, se quer bem. Aquele que se nutre, que tem fome de conhecimento, aquele que busca algo na vida além de querer agradar aos outros, tem luz. Tem calor, atrai os que estão a sua volta.
A bem da Verdade, atrai muita “alma penada” também. Por que tem um tipo de gente que é satélite. Que se alimenta da luz alheia. Pra esses: sal grosso, figa, dente de alho! Xô vudu, sai pra lá!

O ponto levantado aqui são as conseqüências de colocar o outro no centro da sua felicidade. Isso dá zebra. Pesa pro parceiro/a carregar essa responsabilidade, desgasta o amor, burocratiza o sexo e afasta o casal. Acaba virando um tipo de “profecia auto-realizadora, do tipo: “tenho medo de perder meu amor. Aí fico insegura, desinteressante aos meus olhos e lógico acabo desinteressante aos olhos do outro.”
Pronto! Profecia concretizada.

Pra mim, o antídoto, é se interessar por você. Se interessar pela vida.
Se olhar no espelho e descobrir seus melhores ângulos, dar um mergulho interno e explorar assuntos que despertem sua paixão.
Esse é o pó de pirlimpimpim. Não é apaixonar pela imagem refletida no espelho. É encontrar suas paixões legítimas, aquilo que te impulsiona, o que te movimenta.
É fácil descobrir quem tem essa conexão interna. O olho brilha, a mente é febril, o papo avassalador. Impossível não causar encantamento.

O que faz você feliz?




O que mantém as pessoas felizes e saudáveis?  Suas conquistas? Fortuna? Beleza ? fama?

Nenhuma das respostas acima! Um raro estudo feito em Harvard, com surpreendente duração de 75 anos,  coletou dados e entrevistas com mais de 700 homens. Rastrearam suas vidas, cérebro e sangue  ao longo de sua adolescência, idade adulta, até 80, 90 anos.

A conclusão é que Boas relações nos mantém felizes e saudáveis. Não importa a classe social nem a cor que você tenha. Sua capacidade de criar e manter vínculos saudáveis torna sua vida mais feliz e longeva. Não é o número de amigos mas a qualidade do vínculo.

Somos seres sociais e a solidão e o isolamento são nocivos a nossa sobrevivência. Pessoas com mais ligações afetivas, familiares e sociais são mais felizes, saudáveis e vivem mais tempo.

 Uma boa vida se constrói com boas relações.