sábado, 29 de novembro de 2008

A União faz a força.

Esse video é um exemplo bem bacana de que solidariedade transpõe qualquer obstáculo. Vale a pena.

Bom fin de semana.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Matrioscas


Estou com uma imagem na cabeça que não vai embora. Acabei de usá-la com uma paciente e quero dividir aqui com vocês.
A imagem é uma Matriosca. Pra quem não conhece, são aquelas bonecas russas que abrigam várias outras em seu interior. Convivi com essas bonecas desde pequena, e pra mim sempre foram extremamente fascinantes. Adoro o encaixe perfeito dos desenhos e o barulhinho da madeira roçando enquanto elas se abrem..
Hoje buscava no meu imaginário algo que pudesse expressar uma imagem de riqueza inexplorada, o quanto de recursos essa pessoa tinha e não estava usando. Sabia que se ela investigasse internamente encontraria tudo que precisava para quebrar antigos padrões que a estavam deixando infeliz.
Eis que surgem as matrioscas. Perfeito! Somos todos matrioscas, penso eu.
Temos uma carcaça maior, a grande matriosca, que funciona pra nos apresentar ao mundo e abrigamos em seu interior uma infinidade de recursos que as vezes estão escondidos até de nós mesmos.
Matrioscas ilustram as camadas da nossa personalidade. Para ter acesso a personalidade seguinte, preciso ter coragem de me abrir para novas possibilidades. Para acessar os recursos internos preciso ousar, quebrar velhos padrões de comportamento. Assim emergirá uma nova matriosca. O melhor é que esta abrigará ainda em seu interior outros recursos a serem explorados.
Trouxe agora de viagem um imã de geladeira que são Matrioscas Frida Khalo. Minha fantasia é que essa mulher precisou usar muitos de seus recursos internos para superar as porradas que a vida lhe deu. Não tenho dúvida, olhando seu quadros, que ela foi abrindo camada a camada, matriosca a matriosca, numa grande explosão de recursos, o que lhe possibilitou criar quadros tão ricos e coloridos. Sou fã da pintora e das Matrioscas, encontrar essa fusão foi sensacional.





terça-feira, 25 de novembro de 2008

Olhar Estrangeiro

Como é bom viajar!
Exercitar o olhar estrangeiro me fez refletir sobre a minha vida, minha cidade, meu país.
Estar num país tão próximo com uma cultura tão parecida me possibilitou olhar para nossa realidade de forma diferente.
Buenos Aires está a 3 horas de avião daqui. É um país vizinho, dá uma sensação de visitar um primo de segundo grau.
Como nós, passaram por ditaduras, fizeram abertura política e prezam a família mais que tudo. Isso para citar as semelhanças.
Os portenhos não consideram Buenos Aires segura, mas pra uma carioca como eu, o clima era de segurança total. Andei a pé pela cidade inteira, peguei metrô, trem e me senti completamente à vontade. Peguei um trem na estação do Retiro, onde atrás tem uma favela, e o clima era super ameno. Longe de ser aquele climão pesado que temos por aqui.
A estação era linda apesar de mal conservada. Gente de tudo que é tipo, cor, cheiro circulava por ali. Gente fazendo cinema independente, crianças correndo, gente com pressa e muitas famílas juntas, o que me surpreendeu. Aliás, como vi homens sozinhos andando com seus filhos, empurrando carrinho, ou sentados num café enquanto seu bebe dormia no carrinho a seu lado.
Viajo pra conhecer lugares e principalmente pra beber um pouco do modo de vida alheio. Sem dúvida, o que mais me intriga são as pessoas. Respirar o outro, perceber sua forma de andar, de beijar, de se arrumar e o que mais me enriquece.
Acho que essa viagem ainda renderá algumas considerações.... por hoje é só pessoal.
Senti saudades de estar por aqui.
Beijos e boa semana

domingo, 16 de novembro de 2008

O Valor do Eu Te Amo



Por Bruna Bueno


Incrível como o amor que sentimos não acaba com o tempo. Ele se transforma; possui uma capacidade de adaptação invejável.
Sem medo de parecer piegas, acho que. o amor nos une nesta e/ou em outras vidas.
Esse amor que carrego dentro de mim não pode se esvaziar quando eu não estiver mais aqui; acredito que ele me acompanhará de alguma forma.
Existe algo mais bonito do que. o amor de mãe ? Incondicional. E o amor entre irmãos ? Cúmplices . Entre amigos ? Leve e descontraído pela liberdade de escolha. O amor entre amantes ? Bem, este parece ter suas “regras” próprias mas também é belíssimo....
Nesta semana senti necessidade de partilhar como a vida me mostrou o valor do Eu te amo.
Em novembro de 2005, Tive uma briga “ séria” com meu irmão por causa de uma vaga de garagem. Os dois queriam a melhor vaga. Morávamos no mesmo prédio. Vizinhos de porta.
Ficamos sem nos falar por mais ou menos uma semana.
Numa quinta à noite, por coincidência (ou não), nos encontramos no mesmo barzinho tomando chop. Cada um com seu grupo de amigos. Com o coração amolecido por uns 3 ou 4 choppinhos deixei meu orgulho leonino de lado e fui falar com ele. Fiz declarações de amor, abracei, beijei, disse que. ele era lindo! Como bom escorpião ele riu, sem jeito, tímido, meio com vergonha daquela irmã maluca se declarando na frente dos amigos dele e me disse – Bruna, chega de tomar chopp. Você já tá melosa, vai tomar uma coca e daqui a pouco vamos pra casa. Juntamos os amigos, conversamos, rimos mais um pouco, e depois fomos caminhando juntos para casa.
No final de semana não nos encontramos; ele foi para Búzios.
No domingo à tarde recebo um telefonema.
Meu irmão sofreu um acidente na estrada e faleceu. Assim – pura realidade – a vida nua e crua; aliás muito cruel naquele momento.
Achamos que nunca acontecerá conosco. E apesar de sermos avisados pelos mais experientes, continuamos a viver nossas vidas focados em nossos objetivos. Sobra pouco tempo para o amor.
Hoje, 3 anos após o acidente, continuo sentindo esse mesmo amor dentro de mim. E acredito que ele nos mantém “conectados”.
E o mais importante : faço questão de declarar meu amor aos que me cercam.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Amores Beges


Por: Macho de Respeito

Relacionamento bege é ok. Muitas vezes é necessário em nossas vidas. Digo isso por experiência própria, já aconteceu algumas vezes. Você se dá bem com a pessoa, gostam de muitas coisas em comum, ou pelo menos, dizem que gostam para agradar ao outro. Vão ao cineminha, dificilmente discutem e até a trepada é legal. Trepada não, em relacionamento bege no máximo se transa.
O bege é uma cor legalzinha, meio curinga, Você usa, combina aqui, ali, mas ninguém pensa nele quando quer se destacar numa festa, ficar exuberante. Na verdade, temos que admitir que o bege é na verdade uma cor meio insossa. Você usa e tal, mas dificilmente compraria uma peça exclusiva bege. E não troca por mera conveniência.
Ao mesmo tempo que relacionamentos beges trazem serenidade, paz e segurança, também nos fazem refletir: “é isso mesmo? Você sente falta de algo mais. Falo daquela faísca que dá um pequeno choque em nossos corpos. A gente não sente fome, mas também não lambe os beiços.
Entretanto, relacionamentos beges cumprem uma boa função. Muitas vezes ajudam a curar uma ferida ainda não cicatrizada. Nos fazem sentirmos queridos, especiais para uma pessoa, elevam nossa auto-estima e nos levam a concluir que os relacionamentos saudáveis podem e devem ser acima de tudo leves.
Muitos podem pensar que ter a sorte de um amor tranqüilo, leve e saudável pode bastar para nos realizarmos. Eu sou da turma do contra. Acho fundamental ter uma mulher parceira, equilibrada, independente, e que também não me encha o saco. Mas também quero alguém que me dê fissura no meio da tarde, que discorde de mim, que eu tenha medo de perdê-la, que me deixe levemente inseguro e que, sobretudo, me dê certos limites em determinadas circunstâncias. (leia-se, que saiba a hora e o motivo para encher o saco)
Um dos sintomas mais comuns de relacionamentos beges é ausência do medo de perder seu (a) parceiro(a). É geralmente o cara fofo que todo mundo acha legal, interessante, bom partido, aquele que faria qualquer pessoa feliz, menos, justamente você.
Em uma certa altura da vida quando estamos realmente maduros podemos refletir sobre o que é fundamental em um relacionamento para nos sentirmos realizados. Entretanto, a noção de realização não se enquadra na ciência exata. Para uns, o bege satisfaz, combina e não compromete. Prefiro um vermelho bordeaux, mesmo correndo o risco de errar.

sábado, 8 de novembro de 2008

O que você queria ser, quando cresceu?

Peguei emprestado esse Texto da Red, uma amiga blogueira, que tá mandando muito bem.

Há algum tempo atrás, não vou dizer a década para não dedurar a minha dade, uma belíssima Top Model fez uma declaração interessantíssima. “Não saio da cama para trabalhar por menos de U$10 mil dólares”. Privilégio raro das muito belas, muito loiras e muito tops, principalmente naquela época.
Tenho pensado bastante ultimamente sobre o que me faz sair da cama todas as manhãs para trabalhar. Passo a maior parte da minha vida longe daqueles que realmente amo, fazendo coisas que não são a minha verdadeira paixão na vida. Meu cérebro sofre, meu corpo adoece, e eu ainda estou muito longe de me aposentar e passar o dia infernizando meus filhos e mimando netos.
A grande pergunta que me faço todos os dias é: Se eu pudesse voltar no tempo, o que faria diferente?
É uma crueldade pedir a um adolescente de 17 anos que saiba o que quer fazer pelo resto da sua vida. Escolher uma profissão, fazer 4, 5 anos de faculdade, tendo nenhuma maturidade, nenhuma vivência em nada é uma burrice. Todo mundo devia ser obrigado a ficar 1 ano viajando pelo mundo antes de investir em algo tão importante como uma carreira.
O que uma adolescente de 17 anos sabe quando escolhe fazer medicina?
- Escolhi fazer faculdade de medicina porque sempre gostei de biologia na escola, são as minhas maiores notas, odeio matemática, física e história. Além disso, gosto de ajudar as pessoas, acho super legal salvar vidas. Não decidi ainda se vou querer fazer cirurgia ou se vou investir mais em pesquisa, que é também um sonho. Já pensou? Descobrir a cura de alguma doença, tipo assim, AIDS, Câncer… Muito maneiro!
E se for uma adolescente mais sincera, ela poderia ainda completar:
- Cara, deve ser muito maneiro dar plantão. Adoro assistir Grey´s Anatomy, E.R… o George Clooney é um gato!
Aí ela dá o sangue, estuda pacas. Se o papai tiver grana, monta um consultório para ela ficar o dia inteiro enfiada lá esperando os pacientes caírem do céu. Rala para conseguir se associar a muitos planos de saúde que vão pagar uma miséria para ela por consulta. Mas fazer o que? Quem começa tem que fazer nome, praticar para ficar conhecido. Se o papai não puder dar o consultório, vai fazer concurso. O sonho de virar pesquisadora é trocado por um salário de funcionária pública, que é pouco mas é garantido. Com 4 ou 5 plantões na semana em hospitais diferentes ela consegue manter um bom padrão de vida. Pena que o George Clooney nunca apareceu por lá… Nem ao menos algo parecido com um Mc Dreamy para quebrar o galho.
Outro campeão na escolha dos adolescentes é a advocacia. Coincidência ou não, acho que são os temas prediletos dos seriados das tv´s a cabo. Na imaginação de quem ainda passa 50% do tempo pensando em sexo, se imaginar aos 30 usando terno e gravata, defendendo causas super interessantes em tribunais super populares, ser advogado é carta branca para comer qualquer mulher. E ainda por cima, para completar, é uma das carreiras mais fáceis de ingressar na faculdade. Faculdades de direito no Brasil se multiplicam como Gremmlins…
Aqui no Brasil, um adolescente tem que ter muito peito para escolher fazer música, teatro, dança… Tem que superar o preconceito dos pais e avós, que acham que qualquer profissão além de médico, advogado, dentista e engenheiro é coisa de maconheiro vagabundo. E tem que ralar o dobro para não ter que ouvir o “eu te disse que isso não dava dinheiro” de todo o time que torce contra. Engenheiro desempregado é consultor. Músico desempregado é vagabundo.
Mas até que ponto pesa a paixão, o dom, o verdadeiro talento no sucesso de uma vida profissional? O quanto essas coisas influenciam no resultado do que você faz no dia a dia? Será que Caetano Veloso ou Chico Buarque conseguiriam ser engenheiros tão bem sucedidos quanto foram como músicos, poetas, escritores? Ou Fernanda Montenegro como dentista? Sem tesão pelo que você faz todos os dias, a maior parte da sua vida, até onde você consegue ir? Por quanto tempo consegue suportar? Acho que os fabricantes de Prozac devem ter ótimas estatísticas sobre o assunto…
Aos 35 eu ainda não sei responder o que faria se tivesse a máquina do tempo nas mãos. Se trocaria a certeza e segurança pelo risco, pela aventura. Mas acreditaria mais em mim…
E ainda tem mais… o que é sucesso pra você? Quem está aí medindo isso?
Mas esse é papo é longo e vai ficar para um próximo post…

Blog dela é http://blogs.abril.com.br/procurandoorgasmos

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Gênio da Lâmpada


Vocês lembram da história do Aladin? Aquele cara que encontra uma lâmpada mágica, onde morava um gênio que lhe concede 3 pedidos? Eu amava esta história quando era criança e ainda hoje brinco com a imaginação me perguntando o que pediria ao Gênio. Esse é um ótimo exercício para conectar com o desejo. Vira e mexe uso lá no consultório. É uma forma lúdica de ampliar nosso repertório emocional.
Pois é, minha filha está estudando o mundo árabe na escola e lá fizeram um muro com os desejos de todas as crianças. 75 crianças entre 6 e 7 anos fizeram seus pedidos:
“Quero voar” “quero todas as cartas pokemon” , “ “quero ser cantor e ator”, “quero ser famosa”... Minha filha pediu um jardim mágico, fiquei toda feliz!Um amiguinho mais engajado, desejou o fim do aquecimento global. Essa é a turminha que estará encabeçando o mundo daqui há 20 anos.
Muito bacana enxergar a vida através desses pequenos olhos, e perceber que em seus desejos, a fantasia e a imaginação estão tão presentes.
Em que momento deixamos de acreditar que podíamos ser tudo aquilo que queríamos? Como se dá esse desencantamento? Quando tiramos os óculos que nos permite ver o mundo com essa riqueza de possibilidades?
Eu me rebelo contra a caretice de uma vida em preto e branco. Gosto de ver o mundo através desse olhar. Isso me renova. Não sei se vocês se lembram, mas quando Peter Pan leva Wendy e seus irmãos pra terra do nunca eles vão voando. E para voar, ele ensina: basta ter pensamentos felizes!
Hoje, eu tô lúdica a Vera, eu sei! De fato, esse muro de desejos me fez pensar e desejar viver num mundo melhor. Comecei a perceber que não há como fazer isso sozinha.
Trouxe aqui pro blog a idéia de fazer um muro com nossos desejos. Despertar para o simples querer. Basta escrever aí nos comentários um de seus desejos.Vamos lá?
O que você pediria ao Gênio da lâmpada?