Do It
Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô!, Hum!...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...
Lenine
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Mike Tyson Free
Marcadores:
MikeTyson,
processo terapêutico
A reportagem sobre um novo programa com Mike Tyson e pombos de corrida me chamou atenção pela bizarrice do tema, mas o que veio a seguir se revelou genial. Esse cara que derrotava seus oponentes com uma fúria avassaladora e que teve grandes tropeços em sua vida privada mostrou que sua maior luta foi fora dos ringues.
Problemas com drogas e a perda de sua filha aos 4 anos num acidente doméstico com uma esteira ergométrica pareciam que o colocariam definitivamente na lona.
Hoje, aos 44 anos suas declarações mostram que ele renasceu das cinzas e definitivamente conheceu seus “demônios” de perto. Seu discurso me soa familiar, como alguém que emerge de um longo e doloroso mergulho. Algo comum aqueles que fazem da terapia um processo profundo e transformador.
Quando digo que terapia é para corajosos me refiro a isso. Uma luta acirrada para vencer velhos padrões que nos impulsiona para baixo, um olhar claro e corajoso para nosso repertório emocional e enfim, tomar posse de todo suporte criativo e amoroso que nos fez ser exatamente quem somos!
Depois disso, não mudamos nosso caráter, mas podemos escolher o que fazer com isso.
Nas palavras de Mike Tyson:
“Sou o mesmo homem. Só não faço mais as mesmas coisas, mas não mudei. Se você me apertar demais, vou morder. Mas não quero viver a mesma vida de antes.”
Fala sério: isso é ou não sensacional!?
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Prazo de validade
Marcadores:
desapego,
humildade,
prazo de validade
Acredito que todos nós temos um prazo de validade na vida dos outros. Eu como terapeuta, consigo perceber com exatidão quando isso ocorre na relação com paciente.
As vezes isso não significa a alta dele no processo terapêutico, muito pelo contrário, ainda há um longo caminho a percorrer. Sinto apenas que minha presença ao seu lado não acrescenta mais. Dei tudo que podia dar! Não haverá mais frutos nessa relação.
É hora de desprender e resignificar aquela relação.
Não é fácil esse desapego, afinal de contas, muitas vezes fui “carona” numa trajetória linda na vida daquela pessoa. Estive lá quando nasceu o primeiro filho, quando houve um rompimento brusco na relação, ou quando ela aprendeu a dizer não pra dizer um sim verdadeiro. Estivemos juntas quando se tornou independente e quando se deu conta que iria envelhecer.
É preciso trabalhar com humildade pra sacar que seu prazo de validade venceu e com desapego pra soltar o sujeito pro mundo ou pra encaminhá-lo pra outro terapeuta.
Essa semana reuni coragem e verbalizei isso pra uma paciente que vem comigo há alguns anos. Juntas crescemos, trabalhamos a tolerância e a paciência. Demarcamos seu território, construímos fronteiras físicas e emocionais que antes eram inexistentes. Construímos na relação a confiança necessária para sua independência.
Por mais criativa que eu seja não há nada de novo para dar a ela.
Difícil foi ela aceitar. Isso me fez questionar o quanto esse prazo pode ser unilateral? Na minha cabeça isso seria sempre sentido por ambos os lados. Vem sendo assim há anos. Mas quando transponho isso para o campo dos relacionamentos amorosos fica mais clara essa distancia. Na maior parte das vezes esse prazo só é sentido por uma das partes. Mas é meio que ao contrário. Vou explicar: O cara se dá conta que aquela menina já deu o que tinha que dar. Ele percebe que está com fome de outras coisas e que ali não dá mais caldo. Ou é ela que se toca que já viveu tudo que tinha pra viver com o sujeito.
Quem já teve uma relação assim, sabe do que eu to falando. É ótimo esgotar a relação, ir até o fim.
Na relação amorosa, quando nos damos conta que o prazo de validade venceu está na hora do coração buscar novos rumos. A única dificuldade é esvaziar a vida a dois, voltar a ser um só. Inteiro. Depois é correr pro abraço. Passada a dor da separação, zerar o cronômetro e começar tudo de novo.
terça-feira, 5 de abril de 2011
A conta do Casamento
Caro Destemido Walace e demais colaboradores,
Estréio aqui nesse espaço movido pelo calor do momento, pois o assunto proposto (há algum tempo atrás -o casamento) me toma grande fração do pensamento durante um período de pouco trabalho - como poderia não atender a mente ociosa ao chamado de um coração insistente? Me recupero de uma crise que começou disfarçada de crise matrimonial. De certo que não era! O buraco era bem mais em baixo, a crise era a dos 40 (um ano atrasada, devo dizer). Na preocupação do destemido colega com a forma de casamento descrita (ele sugeriu a revisão do modelo baseado na monogamia ou na longa convivência com uma mesma pessoa) reside uma arapuca que deve ser identificada e destruída ciclicamente, pois se casamos por amor, e eu me casei por amor (embora assustado pelo desconhecido mundo em que repentinamente mergulhava de cabeça) e ainda amo e desejo loucamente a mesma mulher, por que me separei? Arapuca! Ao longo dos anos a vida exige que você se dedique a tantas coisas que acabamos não prestando atenção e deixamos de cuidar daquilo que nos uniu: O amor. Sim, atribuindo ao outro frustações e inseguranças e acabamos vivendo uma projeção de nós mesmos. E por que? Porque conviver é difícil pacas, com contas pra pagar, crianças pra criar, sucesso pra alcançar e todo mais o resto. Dividir o banheiro (que o texto inicial classifica negativamente) não é tão ruim - já o usamos de formas muito interessantes... Finalmente explodi num ataque nervoso e joguei tudo na conta do casamento, resultado: Vamos ter que nos reconquistar. A minha amada que num gesto de bravura, mesmo desacreditada, me jogou na cara as verdades que revelaram a arapuca (de que também foi vítima, pois). A falta de diálogo mata o amor.
(24/3/2011 21:52:26)
Tamanduá Bandeira
Estréio aqui nesse espaço movido pelo calor do momento, pois o assunto proposto (há algum tempo atrás -o casamento) me toma grande fração do pensamento durante um período de pouco trabalho - como poderia não atender a mente ociosa ao chamado de um coração insistente? Me recupero de uma crise que começou disfarçada de crise matrimonial. De certo que não era! O buraco era bem mais em baixo, a crise era a dos 40 (um ano atrasada, devo dizer). Na preocupação do destemido colega com a forma de casamento descrita (ele sugeriu a revisão do modelo baseado na monogamia ou na longa convivência com uma mesma pessoa) reside uma arapuca que deve ser identificada e destruída ciclicamente, pois se casamos por amor, e eu me casei por amor (embora assustado pelo desconhecido mundo em que repentinamente mergulhava de cabeça) e ainda amo e desejo loucamente a mesma mulher, por que me separei? Arapuca! Ao longo dos anos a vida exige que você se dedique a tantas coisas que acabamos não prestando atenção e deixamos de cuidar daquilo que nos uniu: O amor. Sim, atribuindo ao outro frustações e inseguranças e acabamos vivendo uma projeção de nós mesmos. E por que? Porque conviver é difícil pacas, com contas pra pagar, crianças pra criar, sucesso pra alcançar e todo mais o resto. Dividir o banheiro (que o texto inicial classifica negativamente) não é tão ruim - já o usamos de formas muito interessantes... Finalmente explodi num ataque nervoso e joguei tudo na conta do casamento, resultado: Vamos ter que nos reconquistar. A minha amada que num gesto de bravura, mesmo desacreditada, me jogou na cara as verdades que revelaram a arapuca (de que também foi vítima, pois). A falta de diálogo mata o amor.
(24/3/2011 21:52:26)
Tamanduá Bandeira
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