terça-feira, 5 de abril de 2011

A conta do Casamento

Caro Destemido Walace e demais colaboradores,

Estréio aqui nesse espaço movido pelo calor do momento, pois o assunto proposto (há algum tempo atrás -o casamento) me toma grande fração do pensamento durante um período de pouco trabalho - como poderia não atender a mente ociosa ao chamado de um coração insistente? Me recupero de uma crise que começou disfarçada de crise matrimonial. De certo que não era! O buraco era bem mais em baixo, a crise era a dos 40 (um ano atrasada, devo dizer). Na preocupação do destemido colega com a forma de casamento descrita (ele sugeriu a revisão do modelo baseado na monogamia ou na longa convivência com uma mesma pessoa) reside uma arapuca que deve ser identificada e destruída ciclicamente, pois se casamos por amor, e eu me casei por amor (embora assustado pelo desconhecido mundo em que repentinamente mergulhava de cabeça) e ainda amo e desejo loucamente a mesma mulher, por que me separei? Arapuca! Ao longo dos anos a vida exige que você se dedique a tantas coisas que acabamos não prestando atenção e deixamos de cuidar daquilo que nos uniu: O amor. Sim, atribuindo ao outro frustações e inseguranças e acabamos vivendo uma projeção de nós mesmos. E por que? Porque conviver é difícil pacas, com contas pra pagar, crianças pra criar, sucesso pra alcançar e todo mais o resto. Dividir o banheiro (que o texto inicial classifica negativamente) não é tão ruim - já o usamos de formas muito interessantes... Finalmente explodi num ataque nervoso e joguei tudo na conta do casamento, resultado: Vamos ter que nos reconquistar. A minha amada que num gesto de bravura, mesmo desacreditada, me jogou na cara as verdades que revelaram a arapuca (de que também foi vítima, pois). A falta de diálogo mata o amor.
(24/3/2011 21:52:26)

Tamanduá Bandeira

4 comentários:

Anônimo disse...

Concordo plenamente!
ANNA

Anônimo disse...

Ah casamento, não existe receita para dar certo, se amor acabou, não adianta. (eu acho)!!!
E Se conversar já não resolver mais nada, se não existe mais espaço para conquistas, (porque acredito que tem que ser mutuo), se tudo que te fez querer ficar ao lado da pessoa, ter filhos, uma vida ao lado daquela pessoa não tem mais graça? E ai?
Tenta mais uma vez, correndo o risco de mais frustrações?
E se vc sair do padrão do casamento certinho (monogamia) continua ali naquele casamento sem amor, mas pelo bem dos filhos, mas vivendo a vida com outras paixões sei La (amantes). E ai?

Tamanduá Bandeira disse...

Poi é Anna! Ao amigo(a) anônimo: De certo sem amor (ou tesão) não há solução, mas e quando abundam os dois e um monte de coisas ainda tem muita graça? Apontei para a falta de diálogo (quando não há conversa), para as coisa não ditas, tanto as boas como as ruins... afinal fazem parte da vida as duas, não é mesmo? O bem dos filhos será sempre garantido, talvez até através de algum sofrimento, quando se vive a verdade. Amantes = fuga de si mesmo.

Tamanduá Bandeira

Fernanda P. D. Ferreira disse...

voltou a escrever, ne?
adorei!