Não podemos mudar o vento mas podemos ajustar a vela.
Há um barulho constante lá fora, uma sinfonia desafinada de eventos que se abatem sobre nós sem aviso prévio. Somos bombardeados por circunstâncias que não escolhemos, e tantas vezes achamos que o destino tem um senso de humor peculiar. É como se estivéssemos no centro de um redemoinho, sem ver o começo ou o fim.
Mas, assim como sábio que uma vez sugeriu que ajustemos nossas velas quando não podemos mudar o vento, temos uma escolha: o que fazer com o que a vida nos fez?
Essa é a grande sacada, a transformação não vem da luta contra o inevitável, mas de dançar com ele. De que adianta gritar contra o temporal ? Mais vale abrir o guarda-chuva, calçar as galochas e fazer da poça d'água um espelho para admirar o céu.
A vida tem essa habilidade incrível de nos colocar em xeque, mas a resposta é nossa a dar. Não podemos apagar tristezas passadas, mas podemos escrever novas experiências sobre elas. Não controlamos o sopro dos ventos, mas podemos escolher como velejar.
A verdade é que os desafios são inevitáveis, mas permanecer a mesma pessoa ao final de cada um deles é opcional. A beleza reside na metamorfose; no que fazemos das dores e triunfos, nos riscos que corremos e nas lições que aprendemos. Em saber recalcular a rota quando a tempestade varre nossas certezas.
Assim, levantamos todos os dias não como sobreviventes, mas como arquitetos do nosso destino. Moldar a argila da vida é saber que, embora não possamos mudar o que nos acontece, podemos decidir a narrativa. Podemos nos transformar, não apesar, mas por causa das circunstâncias.
E então, a cada manhã, nos perguntamos: o que faremos hoje com o que a vida nos fez ontem?
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