domingo, 18 de maio de 2008

vida de casal


Algumas idéias sobre casamento: case mas continue com a cabeça de uma mulher solteira. Não estou pedindo que você se imagine como uma solteira, mas aja com tal, ou seja, não descanse sobre os louros de sua conquista.
O que ganhamos com o casamento é a tão cobiçada estabilidade. Não há nada mais anti erótico do que a estabilidade.Amantes, namorados, não são estáveis, muito pelo contrário. O casamento parece que nos encerra no “ e viveram felizes para sempre”, a idéia de casamento parece embutir um fim, uma linha de chegada. Enfim encontrei alguém com que queira construir um lar, formar uma família ou para aqueles que não querem crianças simplesmente envelhecer juntos. Isso tudo é lindo, mas vazio de tensão e sem tensão não há tesão.
Como ter tesão naquele ser que estará na sua cama todo dia, muitas vezes ou sempre roncando ao seu lado? Estando ou não a fim de trocar uma idéia, você encontrará com ele todas as noites, 7 vezes por semana, tá lá no juramento que vocês fizeram lembra? “ na saúde ou na doença até que a morte os separe.”
A loucura é que impreterivelmente a morte chega para os casais. Aqueles que matam suas individualidades vêem a morte do casamento chegar bem cedo. Não há nada mais pesado do que o pacto do “a gente”. Eu deixo de um e passo a ser uma entidade casal. Não tenho mais liberdade de escolha, me privo de ver meus amigos em nome de nós dois. Em nome da posse, da falsa sensação de controle.
Muitas vezes essa escolha é fruto de um jogo neurótico. Tive uma paciente linda de 30 e poucos anos casada há 8 com 2 filhos. Antes de casar era atlética e independente. No consultório reclamava de como seu marido era egoísta, pois trabalhava até tarde e era incapaz de avisá-la que iria se atrasar para o jantar, quando não emendava o trabalho na academia. Ele tinha um futebol que não abria mão toda quinta, mas isso ela já se acostumara.
Ela reclamava de seu dia-a-dia, de que virara motorista dos filhos e não sobrava tempo para ela. Perguntei-lhe o que a impedia de fazer coisas para si e a resposta foi surpreendente: “ aí ele vai achar que pode fazer o que quer!” Eu devolvi: “que raio de pacto é esse? Então eu não faço o que quero para que você não faça o que quer.” O pior é que o marido já fazia tudo que queria, ele sim manteve sua individualidade, mesmo estando casado.
Essa história de vou fazer isso por você, ou, não vou pela gente, é muito perigosa. Quem acaba pagando essa conta é a própria relação. Você faz sacrifícios mas exige na mesma moeda, sem perceber vamos instaurando um sistema de troca nas nossas relações, e para garantir que seremos amadas pelo o resto da vida e mais um ano, somos capazes de qualquer coisa. Aí que mora o perigo, se você for sincera com você mesma, verá que não há garantias, nada pode realmente garantir que esse cara te ame pra sempre, assim como nada garantirá que você o adore para todo sempre. Você pode enjoar da cara dele, do cheiro dele, da forma como ele se enrosca para dormir. Então já está convencida de que essa tal de estabilidade, não lhe oferece garantias futuras?
Ok , se você se perceber como uma mulher solteira, por que afinal de contas mulher casada não é morta, você verá no seu marido um homem e não um marido. Isso parece pouco mas na verdade é o x da questão.
Muitas pacientes minhas falam como dá preguiça fazer sexo depois que se casam. “ eu até gosto, mas dá a maior preguiça de começar né?” “ acordar com aquele pau duro encostando em mim é inacreditável mas se ele começar, depois eu até gosto”


Lógico não há mais mistério algum, aquele pau estará ali ela querendo ou não. Se for uma mulher afortunada não precisará fazer muita coisa para que ele esteja duro como uma pedra pronto para ser usado. Mas muitas mulheres vivem culpadas por isso, como se sempre estivessem em débito sexual para com seus parceiros.
Se você conseguir enxergar o homem por trás do marido, pode ser que seu tesão por ele venha imediatamente. Há um ótimo exercício para isso. Mande um torpedo para ele dizendo a hora e local para um encontro, um chope , um happy hour, chegue antes, sente lá no fundo. Observe-o de longe. Azare seu marido.
Lembre-se você estará sozinha numa mesa de bar então prepare-se para despachar com classe alguns possíveis pretendentes. A intenção aqui é que você resgate um pouco do flerte com seu amado e não que arrume uma briga no bar. O ciúme as vezes serve como uma pimenta na relação, mas a dose deve ser bem medida, caso contrário vira doença.

7 comentários:

Dicas de aluguel e compra de imóveis disse...

Irmã essa é minha terceira tentativa de te falar o quanto estou feliz de te ver escrever de novo.E estou super contente de saber que poderei ler textos interessantes sobre assuntos do nosso cotidiano de mulher.
Tenho certeza que atraves deles vc. poderá ajudar muitas pessoas.Sucesso!!!!!

Unknown disse...

Monica, adorei o blog!!! Vou ler sempre!! :) Beijinhos

Aline Paixão disse...

Mônica!
Muita legal seu blog...adorei oque vc escreveu !!! ja te falei q queria que vc fosse minha terapeuta, ne.. rss
Beijos, Aline Paixão.

suelen disse...

Moniquete, é imprecionante como é verdade o q vc escreveu, e olha q eu nem casei ainda, mas gostei da sugestão do HOMEM e da paquera no bar e qdo fizer te conto!!
Bjinhos

Anônimo disse...

Incrível como vc descreve a vida de casal, é exatamente isso!!!

Anônimo disse...

parece que nunca estamos satisfeitos, quando é paixão queremos estabilidade quando estabiliza sentimos falta do frio na barriga!
Nunca imaginei olhar meu marido como homem solteiro, só de pensar já volta um pouco do frio na barriga1 Obrigado

Caláu, Fenomenal disse...

me pergunto se vou casar... me pergunto se é falta de coragem entrar no casamento ou se é "excesso de coragem"...