Hoje é dia dos namorados. Casais felizes e apaixonados comemoram a união com presentinhos, chocolate, jantares e motel. Se bem que motel é coisa dos anos 80, agora a casa dos pais é liberada, ou as figuras moram sozinhas e o clima “sexo escondido” ficou fora de moda.
Os solteiros ou os recém separados é que penam nessa época. No ranking da depressão, dia dos namorados, sem namorado/a só perde para o Natal. Nesse dia as pessoas se dão conta do tamanho da sua solidão. Até por que não dá para ignorar o climão casal que toma conta de todos os cantos da cidade. A porta dos restaurantes faz lembrar a entrada da Arca de Noé. Uma horda de casais humanos esperam por sua vez.
Eu particularmente adoro ver casais: Heteros, homos, jovens ou velhos. Sou bicho “casadoiro”, acredito que é dentro da relação que me enxergo melhor.
Como se o contato com o outro pudesse reforçar minhas linhas, acentuar meu contorno. É nítida a sensação de que minha relação com “A” trouxe a tona minha audácia, minha necessidade de liberdade e uma postura de confronto em relação à vida. Ao contrário da união com “B” que me mostrou toda minha caretice e necessidade de segurança. Não que eu seja camaleônica, longe disso! Mas algo da minha personalidade só se manifesta se for “chamado”, quase como uma reação ao contato. Então posso dizer que é através do outro que me mapeio melhor. Conheço meus limites, minhas ânsias e meus sorrisos.
Às vezes não funciona. Não gosto do que vejo. Não me sinto à vontade com quem me tornei dentro daquela relação. Percebo que é hora de desatar. Mas gosto de investigar o que não funcionou. O que me deixou infeliz. Aprender com equívoco, pra não fazer de novo!
Quando uma relação não dá certo quem tem coragem de abrir a “caixa preta” e dar uma boa olhada lá dentro?
Investigar dentro de si o que levou ao naufrágio desta relação é se responsabilizar pelos seus 50%, é se dar conta do quanto você contribuiu para o fim. Não adianta querer negar, e dizer para si mesmo que o outro era insuportável, inconvivível, que tinha uma família horrorosa, ou que não correspondia as suas expectativas sexuais. Pode ser que tudo isso seja verdade, mas só 50% da verdade. Olhar a caixa preta é se lapidar para próxima relação. Saber o que não quero mais é fundamental para saber o que estou buscando.
Quanto maior nitidez, melhor a busca. Mais assertividade.
Aos casais de namorados: sexo, amor e beijos na boca.
Aos solteiros, muitos beijos na boca e olhar assertivo nas escolhas!
Tudo de bom a todos!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
13 comentários:
Sou suspeita amo todos os seus textos e concordo com cada palavra. Confesso que li um texto com um sorrisinho no canto da boca, pois como sempre vc toca a real não importa que seja num dos dias mais românticos do ano.
Mas a vida em casal é exatamente isso uma via de mão e contra-mão a culpa NUNCA é só de um apesar de muitas vezes ser dificil de enxergar isso. Confesso que qdo leio essas coisas me sinto feliz por estar solteira mas tb não existe nada mais delicioso que ouvir "Eu te amo" da pessoa que amamos.
Feliz dia dos Namorados.
Beijos
Madrinha
Oi Monica...que delícia de texto! Como vc escreve bem! Não sabia desse seu dote (além de todos os outros). Parabéns! To ansiosa pelo próximo.
Concordo tanto no que li...namorei bastante, Monica...Graças a Deus! E vejo que cada vez mais (além da minha maturidade...claro) sei mais e mais o que eu quero. E é certo que todas as minhas certezas de hoje são conseqüências de eu não ter tido medo de olhar “a tal da caixa preta” e enxergar todas as cagadas e acertos que aconteceram em cada relação que vivi... Acho que agora estou, digamos, mais preparada e muito feliz. E tem mais...segundo os astros, me tornei adulta faz bem pouco tempo (a volta de saturno...é isso, né?). Isso deve ter a ver também...
Enfim...hoje me sinto pronta pra fazer quem eu amo feliz...Vem comigo João! Vem que vem...
Feliz dia dos namorados!
Então Moniquérrima!!!
Belo exemplo de teoria de campo! A personalidade “chamada” através da relação com “A”, “B” e o resto do alfabeto! Diria que há um infinito de possibilidades!
Abrir a caixa preta é preciso! Até porque não queremos repetir a experiência que não deu certo e se pelo menos 50% da caixa preta for decodificada são mais 50 % de possíveis acertos no futuro!
Aos solteiros vale lembrar também do tal dedinho podre, né! Não basta só o olhar acertivo, tem que curar o dedinho também! Mas isso é que é difícil!
Porque será que eu sempre concordo com você heim? Kkkkk
Beijocas queridona!
Já estou ansiosa para o seu próximo post!
Minha irmã linda,seu BLOG tem sido uma grande viagem pra mim e,várias fichas ficam pipocando enquanto leio,você realmente penetra na nossa alma de uma forma muito delicada e com uma energia que sei que é sua...enfim Zuzinha,que orgulho de ter uma irmã tão especial e tão linda como você.Parabéns por esse BLOG,acho que você está indo além do que imaginava,né?!!Te amo!!!Estou em evento em BH hoje,volto para o Rio amanhã,vamos ver se conseguimos nos ver fofucha!!Te amo!!Beijo grande para essa família de focas que amo!!!Cal!
Ai, muito bom o texto!
"A porta dos restaurantes faz lembrar a entrada da Arca de Noé. Uma horda de casais humanos esperam por sua vez." é muito bom!!
Concordo 100% com a questao de entendermos atraves das experiencias o que queremos. "Errar" é sempre uma otima oportunidade pra aprender.
Coloco "errar" entre aspas porque arrisco dizer - alem do ja batido é primeiro preciso estar bem consigo mesmo pra conseguir estar bem com alguem - que quando um relação termina ela nao necessariamente fracassou. Pelo contrario, acredito que o fim, em seu lugar certo, é ate essencial pro sucesso de uma relação muitas vezes, que seja, o "fim" apenas do "encaixe" como ele é existiu ate "hoje".
Beijos!!
Mônica, mais uma vez amei o texto! Só não concordo com uma coisa, de que não dá pra ignorar o climão de casal no dia dos namorados.
Pela 1º vez depois de muitos anos, eu simplesmente esqueci ontem que dia era. Até lembrei que era dia dos namorados, mas simplesmente não me incomodei. E durante o dia realmente não fiquei lembrando.
Á noite conversando com uma amiga, voltei no dia e vi que realmente ignorei. Lembrei de eu indo almoçar, no restaurante, sem nem lembrar disto! Confesso que fiquei surpresa, pq qdo chegava este dia eu ficava chateada, falando pra mim mesma que mais um ano se passava e eu sem namorado.
Tinha uma ilusão de relacionamento. ("Já fui pior" hahaha) Hoje sei que tenho minha responsabilidade, sei que não é por acaso que estou solteira. Não jogo a responsabilidade nos outros ou em algo externo. E me responsabilizando fica mais fácil de conseguir o que desejo, pq sei que eu que tenho que fazer algo para isto.
Sempre faço uma avaliação dos meus erros e o que posso aprender. É claro que, como vc falou, sou uma com cada pessoa. Cada pessoa me afeta de uma forma e eu "reajo" a isto de formas diferentes. Não que eu tenha várias personalidades, mas cada relação é diferente uma da outra, por mais que eu seja eu em todas elas. O todo é maior do que a soma das partes! Por isto que uma relação, tanto amorosa, de amizade, pai e filho, mãe e filho, é sempre complexa, mas também é rica. Só sou no contato com o outro, me conheço através do outro. E isto é maravilhoso!!!
Voltando ao que falei no começo, e tlz discordando de mim mesma, realmente indiferente ao dia dos namorados não tem como ficar. Pode causar incômodo ou não, você pode até não ficar pensando nisto, mas sempre tem alguém que fala que vai sair com o namorado. No meu caso, ontem isto realmente não me incomodou. Não ignorei, mas também não me irritei. Justamente por saber que depende muito de mim!
Mas hoje sendo dia de Santo Antônio, não me custa nada fazer um pedido a ele de ajuda!!! rsrs
Posta logo outro textoooo!!!!
Bjssssss
Mônica!!! Sou eu, Bruna! Não sabia que tinha o blog. Agora vou espalhar e acompanhar sempre. E vc sabe que sou boa marketeira.
Nossa, como vc escreve bem. Olha, confesso que ao ler seu texto não lembrei da "cara metade", mas sim de você!! Sabe pq? Foi na nossa relação de anos (a terapia)que experimentei muito essa coisa do espelho, do precisar da relação pra me enxergar melhor. Isso é muito forte em mim. Consegui perceber muita coisa ali. Coisas que grudaram em mim e jamais serão esquecidas. Tenho certeza absoluta que hoje sou uma pessoa absolutamente mais preparada pra viver o meu casamento do que quando entrei na primeira vez naquela sala deliciosa da João Borges. Muito obrigada...e muitas, mas muitas saudades de você e do meu espelho. Um beijo.
Amei!!!!
QUERIDONA,
ADOREI ESTE TEXTO. REALMENTE VC ESCREVE BEM . TUDO ISSO É VERDADE . EU POR EXEMPLO ACHO QUE NÃO SABERIA MAIS VIVER SOZINHO ATÉ PORQUE MINHA VIDA EM FAMILIA É TÃO INTENSA QUE ACHO QUE JÁ ESTAMOS NOS FUNDINDO UNS COM OS OUTROS .MAS SOU FELIZ ASSIM. QUANTO AO SEXO, É O MOTOR QUE TEM QUE ESTAR SEMPRE QUENTE . SE NÃO TIVER NADA ANDA. OS BEIJOS SÃO IMPORTANTISSIMOS E NUNCA DEVEMOS ESQUECER DOS PRESENTINOS, BILHETINHOS E SACANAGENS . TUDO ISSO MANTÉ A CHAMA ACESA. MAS VC SÓ SE ESQUECEU DE MENCIONAR SEXO HILÁRIO DOS CASAIS QUE TEM FILHOS PEQUENOS , QUE TEM QUE APROVEITAR A HORA E QUE O FILHO/A ESTA FAZENDO ALGUMA COISA PRA QUE O SEXO POSSA ROLAR . AS HORAS MAIS INUSITADAS SURGEM E É SEMPRE MUITO DIVERTIDO TIRAR A ROUPA RAPIDINHO PRA ROLAR NAQUELA HORA QUE O PENTELHO ESTA TOPMANDO BANHO OU DORMIU FINALMENTE OU FOI AO BANHEIRO.
GOSTEI DE LER SEU TEXTOS.
PARABÉNS MAIS UMA VEZ .
HEYDER
Dinho, boa lembrança!!
Sexo pós filhos dá outro texto.
Quando a gente é adolescente rola naquela horinha que pai e mãe dão mole e depois que temos filho, nossa! Só posso dizer que temos que ter muito jogo de cintura né??
adorei vc aqui.
bjs
Monica !
Muito bom o texto para variar e como de costume, me identifiquei em várias coisas ... rs
Beijos Aline Paixao
"Saber o que não quero mais é fundamental para saber o que estou buscando"
Muito verdadeira essa frase!! Por isso eu estou na eterna busca de mim mesmo, tentando me conhecer ao maximo para chegar aonde estou buscando.
Beijos
fê falcao
Adorei essa mulher puxando o homem pelo saco! Muito bom!!!!
Postar um comentário